domingo, 1 de novembro de 2009

Ser Casmurro

Não é ficar se lamentando, ou pensar que a própria vida é pior do que deveria ser, não é ficar procurando defeitos em tudo e todos, ou achar que as coisas têm que ser de outro jeito e não como são. O ser casmurro não é algo assim, e muito menos parecido com o de Machado.

É apenas alguém, ao contrário do que pensam, mais sensível ao que ocorre no mundo, principalmente no seu. É não se contentar em estar em um lugar por estar, ter amigos que abraçam e elogiam na hora de bancar uma cerveja, mas incapazes de perder cinco minutos num papo que não leva a lugar nenhum. É não querer ser um brahmeiro, ou melhor, mais um brasileiro, que encharca todos os dias uma camisa de suor a fim de pagar a quadragésima primeira prestação do "0Km modelo do ano" (agora só falta metade), além do 1/4 de tanque no fim de semana pra sair desfilando numa avenida movimentada com uma tingida, com chapinha, fio dental e marquinha no ombro, só pra causar inveja, com uma batida sonora rachando o porta malas e o tímpano da 'companheira'. Ser casmurro é não bancar o social com a mesma tingida, com chapinha, fio dental e marquinha no ombro durante uma reunião de amigos ou família.

É ir contra a corrente. Ter opinião e liberdade pra opinar. É não calar frente ao que incomoda. Preferir pensar no que diz, ao invés de encher os ouvidos dos outros com a mesma merda que enchem os seus. Se importar realmente com alguns e não fingir que se interessa por todos. Achar que é bom ter momentos solitários para se sentir melhor, e não se cercar de frívolos e perdidos, que não querem se achar, numa balada ao som do último 'putz' 'putz' lançamento mundial. Saber que algumas coisas doem e que outras doem um pouco menos. Rir, sim e bastante, do que é engraçado porque assim o considera e não por convenção do grupo que te cerca. Entender que o mesmo grupo não é o único, que um dia você estará em outro, e que o anterior nem vai se lembrar de seu antigo membro.

Enfim, ser assim, é meio que nadar contra a corrente dessa ressaca de riacho que chamamos de sociedade, e na qual achamos muito importante sermos inseridos. É ter disposição de 'perder' tempo e escrever isso enquanto a maioria dorme, poucos trabalham, pouquíssimos fazem seu carnaval fora de época e os raros se dispõem a ler quatro parágrafos.

sábado, 17 de outubro de 2009

"Perfume" ou "I Mariano"

— É isso! Você me entende? Foram as últimas palavras dela que permanecia virada para o espelho sem conseguir encarar Mariano.

Com grande dificuldade, como se seu coração estivesse subindo pela garganta, “Entendo”. Mas na verdade Mariano não entendia, ou não queria entender. Ele queria apenas não ter saído de casa naquela tarde, não queria ter acordado, não queria ter tido o pesadelo da noite anterior, enfim, não queria estar ali com ela, com medo.

Atônito, Mariano só conseguiu pensar em uma coisa: ir embora. Mas antes passou a mão pela cômoda, sem olhar, pegou algo, colocou no bolso e bateu a porta ao sair. Alcançou a rua. Percorreu um par de quarteirões com passos curtos e ligeiros, até que parou de respirar como seus passos. Quem o via agora não podia imaginar, se é que enxergam ou imaginam, a cena de conflito passada há cinco minutos, podiam enxergar apenas mais um, um qualquer. Mas um qualquer também sofre e Mariano sofria.

Ele não sabia pra onde ir, na verdade não queria estar ali e em nenhum outro lugar.

Para casa? A família nunca ajuda nessas horas. Amigos? Sempre querem saber demais. Sozinho? Afinal, quem não está? Entrou no primeiro bar que encontrou e se sentou da porta pra fora. Não queria perder o pôr-do-sol, podia ser que a contemplação o ajudasse, ou fingisse ajudar fazendo as lágrimas saltarem dos olhos secos.

— Quer algo pra já?

Mariano não queria nada, nada que aquele homem lhe pudesse oferecer, mas sentiu-se obrigado a pedir o mínimo um refrigerante àquele que o acolhia mesmo sem saber.

O estalo da lata ao abrir e o som do líquido indo de encontro ao fundo do copo lhe concedeu uma certa tranquilidade. O céu já não era mais tão azul, e sim laranja no seu horizonte. Esfriava. Um gole. O copo gelado deixou suas mãos ainda mais frias, enfiou-as no bolso, porém aquele lugar já tinha dono. Mariano achou estranho. Agarrou o “algo” com cuidado e o tirou. Era quase tão gelado quanto o copo sobre a mesa. Foi quando viu um frasco transparente de um perfume transparente. Há um tempo atrás aquilo fora um presente a ela. A recordação do que fizera antes de sair e bater a porta ao passar a mão sobre a cômoda lhe atingirá como uma bala, só não recordou o “por que”.

Uma cadeira, uma mesa, um copo, uma lata vazia, um perfume, um Mariano, aquilo era o mundo naquele momento...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Obama, a volta do perigo vermelho

Queda de popularidade, negociação de votos e acusação de ser comunista. Este é o cenário atual da política de Barack Obama, presidente dos Estados Unidos. Tornar-se menos popular já era esperado, afinal toda a democracia se frustra um pouquinho ao descobrir que os efeitos de uma mudança política demoram um pouco a aparecer, negociar votos também se justifica pela quase igualitária divisão do senado americano entre republicanos e democratas. Mas acusar o homem mais poderoso do mundo de comunista? Há algo errado, com certeza.


Tudo começou após Obama colocar e tramite a proposta de criação de um sistema de saúde publica para atender os estadunidenses mais pobres, pois é, eles existem. Não demorou nada para os republicanos iniciarem uma propaganda dizendo que o governo queria interferir demais na vida dos cidadãos, controlando onde estes deviam ir para se tratar e quais tratamentos deviam ter. Logo, o horror se espalhou. Pais não dormiam direito preocupados com o futuro de seus filhos, e estes com o bem estar de seus pais que se tornaram em breve idosos e vão precisar de serviços médicos.


O governo com certeza não proverá o melhor tratamento ao seu povo, e sim o mais barato, a real intenção de Obama é matar velhinhas e estancar o crescimento populacional no país. Nisto acredita uma boa parte da população. Parece história de maluco e É. Os traumas dos estadunidenses com o terror vermelho dos militantes comunistas desde o inicio do século passado até o fim da guerra-fria não estavam mortos, ou melhor, ressuscitaram. É impossível pedir para que um norte-americano, que vive entre o México e o Canadá, acredite que seus governantes estão interessados em ajudar a população e fazer com que os pobres, novamente eles, possam ter direito a um tratamento médico de qualidade e assegurado ao momento em que mais precisarem, assim como é impossível um brasileiro entender que o governo extinguirá o SUS.


Na verdade esta reação de parte considerável da sociedade e de seus políticos só provam, respectivamente, que os efeitos de uma propaganda midiática massiva anti-vermelhinhos e os interesses financeiros de lobistas, das indústrias farmacêuticas e de planos de saúde, podem cegar e extinguir o bom-senso de uma nação inteira. Agora, o mais estranho é que ajudar bancos, que se afundaram em dividas, com o dinheiro publico não é nenhum pouco ‘comunista’.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Respirando pelo nariz e expirando pela boca...

Não creio que a esperança é a última que morre, pra mim ela é imortal.
Por isso, não posso começar o post dizendo que a esperança renasceu. Estaria me contradizendo. É o seguinte, hoje rolou uma reuniãozinha (antes tarde do que nunca) com os brothers e manos, do trampo loco da vida de um tal de teatro.


As coisas não iam muito bem. Gargantas entaladas prejudicam o aquecimento vocal. Sentamos e discutimos, tudo? Nem. Mas foi muito bom, é sempre legal ouir o que as pessoas tem pra falar quando elas também se dispõem a ouvir. Quase tudo ficou acertado, nem tudo foi do jeito que eu queria, porém, se fosse não era justo.
O que ficou é uma sensação de continuar na labuta, correr atrás, respirando pelo nariz e espirando pela boca. De cócoras ou com a bunda no chão, vendo o desenvolvimento dos camaradas. Aprendendo e sendo aprendido.


Fazer rolar uma coisa, na qual se investe muito parecendo pouco, e colher os frutos, só não é melhor do que compartilhar com quem merece, com quem caminha junto.

sábado, 5 de setembro de 2009

Cada quarteirão

Chego na esquina, a primeira. Agora, quando olho pra frente há uma grande via, não tão larga como deveria ser, mas seu comprimento não permite que eu veja o final. Daqui, começarei a caminhada ou jornada. Sei onde quero chegar. Está quente, tanto que posso ver o asfalto e as calçadas sublimando, não derretem, mas evaporam e me ponho a andar, passo a passo no meio daquela dança de gases invisíveis. Quando me deparo com a escada de largos degraus, lembro das pessoas, muitas, que aguardavam algo sentadas ali todos os dias de manhã, não conseguia ouvir o que diziam estava muito distante. E é mais difícil lembrar de sons que de imagens. Sigo em frente. No primeiro cruzamento há um semáforo, ele me impede de atravessar, tenho que obedecê-lo. No entanto, um carro para na minha frente, ele não avança. O motorista se contorce no interior do veículo, não consegue enxergar a luz redonda que o manda ir em frente, o sol o atrapalha e, além disso, o semáforo está muito acima de seu campo de visão. Quando me vê parado observando-o, decide acelerar, olhando atentamente para os lados. Não há muito movimento, quase nenhum. Permissão concedida. Cumpri minha pena, preso por aproximadamente quarenta segundos.

O quarteirão atual não me lembra muita coisa. Só penso naqueles que estavam sentados na escada. Dizem que são estudantes, parecem diferentes, parecem algo melhor, pessoas melhores, mais felizes. Esse acabou rápido. Realmente seu comprimento parece menor do que o anterior e os outros que virão. Agora não há mais semáforo, atravesso ligeiro. Existem muitos prédios de arquitetura antiga, bonita, misturada com ferro fundido em grades e portões totalmente fechados. Aqui paz e pássaros, do outro lado desses portões um barulho de muita gente falando ao mesmo tempo, algumas vezes ouve-se um grito. Deixo isso de lado. Existem muitos carros parados ali aproveitando as sombras de algumas árvores, elas realmente ajudam a diminuir a sensação do calor, o sol está a pino. Avanço. De um lado uma praça meio deserta do outro uma igreja fechada. Mas não é uma igreja qualquer, ela é grande, as pontas de suas torres, que se esticam, parecem querer cortar o céu. Também de dentro delas parte os sons de sinos, eles informam o horário, pra mim não faz diferença, não tenho compromisso nem pressa, continuo andando no mesmo ritmo, passo a passo.

Já estou em outra calçada. À minha direta, um prédio com muitas janelas de madeira, poucos vitrôs. Essa casa, como a chamam, sempre me faz pensar no sofrimento de quem mora ali, no esquecimento, na dificuldade. Porém, de fato não conheço sequer uma pessoa que ali tenha entrado e confirmado qualquer uma das minhas sensações. Acho que me antecipo na dor, mas logo esqueço. Um pouco mais à frente, ao atravessar o quarto cruzamento, estou na praça, um pouco mais movimentada que a anterior, há mais bancos. Um casal de namorados, um velho com o jornal sobre as pernas sem olhar para ele, apenas distraindo-se, algumas pessoas passando, crianças correndo e um garoto com um violão. O conheço. Sento a sua frente no chão. Cumprimento-o, contudo sem interromper a melodia e os acordes. Não conheço a música, mas me agrado com ela. Trocamos algumas palavras durante uma pausa, ouço mais do que falo, de repente ele me aponta uma direção. Uma garota chega e senta-se do outro lado da praça, de costas para nós, a conheço. Vou até ela. Sorrimos sorrisos sem graça, sento-me e sem dizer uma palavra me beija. Tudo para. Não vejo mais nada, nem ouço, só sinto um calor que percorre o corpo dela e seu cheiro, suave, que não é de perfume, é dela. Tenho que ir. Nos despedimos, aceno para meu amigo do violão e ele apenas retribui.

Mais um semáforo, mas agora ele me concede permissão, só pede para que eu tenha cuidado. Tenho mais uns cinco quarteirões antes de chegar ao meu destino, no entanto, penso em coisas aleatórias e caminho respirando fundo para não me cansar e suportar o calor que agora também já diminuiu um pouco, talvez se tenha passado mais tempo na última parada do que imaginei. Sem problema.

Estou a um cruzamento do ponto final. O asfalto já não derrete mais, os gases se dissiparam. O sol se esconde entre algumas nuvens que ameaçam ser de um temporal, escuras, que em um ou outro momento se tornam claras devido aos raios que partem delas, mas que atingem lugares distantes. O vento sopra mais forte, ainda quente. Enquanto observava não parei de caminhar. Estou na frente do portal que impede a continuação da rua e a passagem de qualquer um. Do outro lado, várias pessoas caminham bem vestidas com ar de quem não se preocupa com nada, de quem não precisa se preocupar. Algumas me chamam com uma espécie de sarcasmo em seus gestos, outras, apenas me ignoram. Sigo em frente, porém, não consigo passar. Ainda não está na hora. Viro-me. Assim como não enxergava onde agora estou, não posso ver de onde parti.

Reinicio o caminho de volta, agora com muito mais pressa do que antes, sequer olho para os lados. Chego em casa, completamente cansado, a chuva quase me alcançou. Hoje não quis me render a ela. Entro em meu quarto, fecho a porta e coloco os livros que estão sobre a cama no chão. Dou pequenos socos no travesseiro, a fim de ajeita-lo sob minha cabeça, me deito. Desperto.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Primeira semana diferente...

Bom, como alguns sabem, semestre passado eu estava mais ausente do que novidade em Botucatu. Estava, eu residindo em Bauru, ÓIA! Isso foi fontes de protestos por parte dos comparsas mais chegados. Sempre em tom de brincadeira, afinal, por eles eu estaria no mínimo 500 quilômetros mais distante, em direção ao meio do oceano. Pois bem, não é que eu voltei? Sim, para aqueles que não sabiam fiquem sabendo. Eu voltei e não sei se é pra ficar.

Desde segunda-feira estou indo e voltando para a faculdade todos os dias. Se é cansativo? Nada.... claro que é. Mas por enquanto estou curtindo bastante, nem sinto sono durante a viajem, aproveito para ler. Minha mãe disse que é perigoso, vai que o ônibus passa em uma lombada e meu olho sai rolando pelo corredor e alguém pisa. Enfim, graças às viagens terminei de ler "A preparação do ator" (Stanislaviski, 365 pgs), o duro é que mesmo depois de terminar eu não me sinto preparado... Agora, ontem, comecei a ler um livro que o professor de História do Brasil pediu, "O que é isso, companheiro?" do Gabeira. Lembram do filme? De qualquer forma esqueçam, não tem nada a ver. Se tiver é questão de meia dúzia de páginas. Mas o livro é muito bom.

Voltando um pouco para a questão das viagens. Na ida uma garota costuma sentar do meu lado, porque não há outro lugar, ela é uma das últimas a embarcar. Já na volta sou eu quem costuma sentar do lado dela. Até tem outros lugares, mas e a vergonha? Nem com ela eu converso. Acho que seria gentil da minha parte (ou da dela) iniciar um diálogo, nem que seja só pra saber o nome. Nada de melhores amigos pra sempre, ou de viagem. Pelo menos um ponto em comum nós temos: ela também começou a viajar nesse semestre.

Esse último parágrafo (aí de cima) pode provocar uma discussão sobre a proximidade do ser humano e a falta de interação entre os indivíduos. Mas agora não, nem vem.

Até agora as aulas também estão sendo muito legais, pode parecer contraditório, mas elas são bem teóricas. Deve haver algum modo de discutir Legislação e Sociologia da comunicação através de atividades corporais, no entanto ainda não o encontrei. É muito bom rever algumas pessoas, outras também. Só lamento que algumas ainda não desistiram da faculdade. HAHAHA. Brincadeira, eu talvez deve ser um desses. Não por achar chato ou algo assim, mas por minhas frequentes dúvidas e pela vontade de cair no mundo, de subir em palcos. Fazer o que no palco? Aí que tá, falta chão ainda e muito.

Hoje durmo em Bauru, na casa de uma boa amiga que me dará cama, refeição e lavará minhas meias. Quem me dera! Ela só me oferece um colchão, talvez uma manta, travesseiro só se eu quiser dobrar uma blusa e colocar debaixo da cabeça. Eu a adoro, sei que ela fará tudo que pode, eu faria por ela. HEHEHE. Ana, valeu.

Galera, tenho desenvolvido uns textos muito bons ultimamente, mas só na minha cabeça, quando sento na frente do computador, nada mais aparece. Parece que essa máquina realmente tem poderes sobre mentes (ou dementes). Essa semana é diferente, porém, amanhã ela acaba e segunda-feira que vem ela vira rotina.

Fiquem bem, ou do jeito que estão. Abraços.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Saudade em construção

Parti pra matar aquela saudade, uma que apertava bem forte algo de dentro. Saudade, coisa esquisita que não se explica, mas se pode tentar. Saudade de partir, de voltar pra algum lugar. Para o meu lugar. De ver aquelas ruas estreitas atravessadas pelo vento que não cessa, de esquinas que não se cansam de ouvir, durante as madrugadas, conversas que fazem, sem perceber, o tempo e o vento passar. Conversa de gente que costuma mal se acostumar. Que não se contenta com a idéia de se entregar.
Saudade também do tipo simples, de ver quem te quer ver, de tocar quem quer te tocar, de beijar quem quer te beijar. Saudade que morre hoje e renasce amanhã, mas que é saudade boa. Essa que todo mundo quer. Porque o que todo mundo quer, hoje e amanhã, é se jogar.
O duro é quando a saudade grande chega. Aí! Essa até se explica, mas não se entende. Pois se tem saudade de alguma coisa é de algo bom que se viveu ou foi vivido. Porém, quem nunca sentiu saudade daquilo que não aconteceu e devia ter acontecido? Não é desejo. É diferente. Não se trata de querer aquilo que traz beneficio. Mas de só sentir aquilo que não foi sentido. Parece que não faz sentido. Mas sentir é sentimento e razão é explicação.
E como eu disse, "até se explica, mas não se entende".

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Registro de/pra mim mesmo.

Salve! Galera esse primeiro post (assim como os outros 'primeiros posts') serve pra dar uma espécie de explicação do porque criei um blog. Tá meio tarde pra dizer que fiz pra ir na onda, mas na verdade acho que essa onda já quebrou faz tempo. Hoje em dia, nada mais normal que se deixar ser visto na internet. Enfim, criei esse espaço mais por mim mesmo, precisava registrar pra que nunca se perca um pouco de vida (minha vida vivida). Nada de egocentrismo, afinal se não fossem outras vidas o que seria da minha, é preciso ter consciência disso.
Devia ter começado lá, naquele tempo em que vivi na qual acredito ser uma das mais belas cidades desse país: Curitiba. Poxa, que saudade imensa daqueles fins de tarde gelados no centro, dos estudantes da reitoria (UFPR), da atmosfera artística, principalmente teatral... das pessoas especiais, de tantos e tantas.
Fazer o que? Isso já passou, não digo que acabou. Quem sabe um dia não posto algo pra recordar, hoje não. Mas voltando um pouco a explicação (desnecessária). Também quero aqui treinar um pouco da escrita, ferramenta fascinante, que nos aproxima não fisíca, mas espiritualmente creio eu. Bom, acho que daqui pra frente nessa página vou postar de tudo. Tudo aquilo que faço de interessante, ou que devia fazer mas não me encorajo.

Boa noite, boa vida.