domingo, 25 de dezembro de 2011

25-12-2011

Atônito. Não era vão era bem esse adjetivo que julgava mais adequado para se alto definir. Mas lá estava, inerte no sofá. Ao contrário apenas os olhos, atentos ao cristal líquido. Um dia especial, um aniversário de dois mil pra lá anos, uma reunião, um.. uma, união.
Como se unido ao sofá, como se unido ao computador, se unido aos móveis, às almas, ao espírito? Se unia ao vácuo. Se unia apenas a noite, ao som. Mais uma vez, não se unia. Era bom, dizia. Não é a primeira vez... me acostumei... não tiveram o costume. Se apegava com afeto pela sua própria solidão, a defendia não como direito, mas como dever.
Só que neste dia não. Finalmente um dia especial. Queria alguém alí, ao lado, aos olhos, ouvidos, tato, colo. O mundo dentro se transformara. Queria ter presença constatada. Registro. Troca. Alí, agora, já; Queria! Que, que, que, quem?

domingo, 4 de dezembro de 2011

Como você

Assim como você, eu senti o peso dessa relação e sua leveza.
Assim como você, eu não sei mais me despedir.
Assim como você, eu não sei terminar, encerrar tudo o que eu te disse.
Assim como você, eu não sei ao certo porque ainda faço isso.
Assim como você, eu sinto a sua falta.
Assim como você, te quero bem, mas não sei se pra mim é bom esse querer.
Assim como você, eu estou temendo minha nova rotina.
Assim como você, eu digo que há saudade.
E medo.