de tudo parecer tão besta
das fotos se encherem de poeira
dos sofrimentos virarem lembranças
Não demoro, percebo que tive tudo
que não há mais o que querer
que a vida se coloriu e me esqueceu
que cometo loucuras e vejo que é tudo que querias
(até menos)
Não demore, e vamos caminhar juntos
saberemos mais de nós estando com os nós soltos
Não demore, a verdade que acompanha o amor é frágil
eterna, mas transparente, talvez imperceptível
Não demore, porque não há pontos finais
em nada do que é nosso. Esse ponto,
não demora, vai ser só um acidente
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Despertei ao pôr-do-sol como havia feito nos últimos dias. Sem sonhar, me descobri apenas do pescoço à cintura - percebi que estava muito frio. Aquele carinho que me agarrava para não sair nunca mais da cama não aconteceu. Senti que fora uma noite inteira insone. Que apesar do tempo ter passado no escuro minha alma estava em claro o tempo todo. Sem o seio em minha mão não é mais possível dormir. Sem a preocupação do amor em me acompanhar ao revirar sobre a cama sou apenas apenas alguém que dorme, não sou mais nada. Estou sozinho, e do que mais sinto falta é do teu seio, macio, quente, meu, só seu. Deixei meu cheiro, um punhado de pelos, algumas feridas e um grande amor. Minha alma, como antes, anda dividida.
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Você não sabe, mas roubei uma foto sua.
Ouve comigo?
Um comentário:
Nada de fotos roubadas, são suas, são nossas. Se eu tivesse roubado seu coração também e você me dissesse que era meu, ou nosso, seria minha maior alegria. Nada de pontos finais. Tudo é sempre vírgula, lembra?
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