domingo, 25 de dezembro de 2011

25-12-2011

Atônito. Não era vão era bem esse adjetivo que julgava mais adequado para se alto definir. Mas lá estava, inerte no sofá. Ao contrário apenas os olhos, atentos ao cristal líquido. Um dia especial, um aniversário de dois mil pra lá anos, uma reunião, um.. uma, união.
Como se unido ao sofá, como se unido ao computador, se unido aos móveis, às almas, ao espírito? Se unia ao vácuo. Se unia apenas a noite, ao som. Mais uma vez, não se unia. Era bom, dizia. Não é a primeira vez... me acostumei... não tiveram o costume. Se apegava com afeto pela sua própria solidão, a defendia não como direito, mas como dever.
Só que neste dia não. Finalmente um dia especial. Queria alguém alí, ao lado, aos olhos, ouvidos, tato, colo. O mundo dentro se transformara. Queria ter presença constatada. Registro. Troca. Alí, agora, já; Queria! Que, que, que, quem?

2 comentários:

Sérgio Viana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Estar. Estou. Estive. Difícil? Acho até divertido. Acho, por mais achismo que pareça, ao ler o que escreves que estou, portanto, decido estar. Dói! Acredito que estou, sozinho? Não preciso entrar detalhes... Se estou, existo e existindo sou incrível pois sou parte do universo que se move e se manifesta.