segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Pénu

Hoje me vi de pés descalços no escuro. Era a raiz de um arrepio. Tão estranho ver os próprios pés assim, minha própria pele e só, alguns pelos esparsos e nada mais. Pra mim foi simbolo, mas de tanta coisa que por aqui me perco, difícil de explicar - nem isso - de dizer. Mas é que deu saudade de um par. Da escalada de outros dedos, da pequena guerra entre dedões que poderiam se dizer os generais a conquistar um território vasto - o pé inteiro. De deixar hora o pé em cima, hora o pé embaixo, sempre de outro pé que não é o meu. A que pé chegamos. Que pé é esse que me deixa todo bobo, encabulado comigo mesmo, com vontade de gritar, de escrever tolices sobre pés. Ah, que pé.

2 comentários:

Anônimo disse...

Faz um samba sobre o amor. Não há pé que falte. Só cuidado pra não pisar no próprio dedão. "Quem não vive de seu amor, não merece dele morrer"

Com amor,
Thi.

Bergamasco Hachuy disse...

Genial!